Rafael Zornoza já teria colocado o cargo à disposição do Papa há 15 meses, como é obrigatório ao completar 75 anos.
O Papa Leão XIV aceitou, neste sábado, a renúncia do bispo de Cádis, Rafael Zornoza, apresentada há 15 meses visando a reforma, embora a decisão tenha sido tomada após acusações de abuso sexual de um menor no seminário de Getafe. O boletim o Vaticano comunicou a aceitação da renúncia por parte do papa, sem explicar os motivos da decisão.
Rafael Zornoza, como é obrigatório para os prelados, há 15 meses, quando completou 75 anos, colocou o seu cargo à disposição do Papa, mas, devido à chegada do novo pontífice, ainda não tinha obtido autorização.
A publicação pelo jornal El País da denúncia de abusos a um menor entre 1994 e o início dos anos 2000, quando era padre e dirigia o seminário da diocese de Getafe (Madrid) e a notícia de que está a ser investigado podem ter acelerado a decisão de Leão XIV.
O diário informou que Zornoza estava a ser investigado há quatro meses pelo Dicastério da Doutrina da Fé por um suposto crime de abuso sexual contra um menor quando era padre em Getafe (Madrid) nos anos 90.
Leão XIV disse, ao responder a uma pergunta da imprensa na terça-feira, ser "preciso permitir que a investigação continue" no Vaticano e, depois, conforme as conclusões, que viriam"as consequências". Zornoza defendeu a sua inocência e suspendeu "temporariamente a sua agenda para esclarecer os factos e para tratar um cancro agressivo do qual ninguém sabia".
