Membros desmobilizados da FADM denúnciam exclusão intencional após reprovação em massa nos testes físicos em tete

 


TETE, 22 de Novembro de 2025 – Cerca de 50 jovens desmobilizados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) , candidatos ao 44º Curso Básico de Formação de Guardas da Polícia da República de Moçambique (PRM), denunciam ter sido alvo de uma exclusão intencional , após todos terem sido reprovados nas provas de aptidão física realizadas em Tete.

Os candidatos afirmam que a reprovação colectiva é incompatível com a sua experiência militar e questionam a transparência do processo de selecção, que visa preencher 4.000 vagas a nível nacional para o curso com início marcado para 2026. O edital do concurso indicava que os desmobilizados teriam prioridade no recrutamento.

“Somos formados, treinados e bem preparados. Viemos ouvir explicações porque o edital dizia claramente que a prioridade era para os desmobilizados, mas foram justamente os desmobilizados que reprovaram. Nenhum foi considerado apto”, contestou um dos representantes.

Suspeitas de práticas de " costas quentes"


A reprovação em massa levantou suspeitas de possível manipulação do processo. Entre os desmobilizados cresce o receio de que estejam de volta as práticas conhecidas como “costas quentes”, onde apenas candidatos com padrinhos ou influência passam nas fases decisivas.

“Foi uma injustiça. Queremos justiça porque queremos apenas aquilo que nos pertence: o nosso enquadramento na PRM”, afirmou um dos jovens.

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