A manhã começou com perplexidade em várias escolas do país: os
exames do ensino secundário acabam de ser anulados no próprio dia da realização. Alunos que se preparavam para realizar as provas de Química e Inglês foram informados da suspensão já dentro das escolas , minutos antes do início.
Segundo relatos recolhidos peloLupa News, a comunicação chegou de forma abrupta e sem qualquer explicação pública. “Simplesmente fomos orientados a parar com o processo”, revelou uma fonte ligada à administração escolar num dos distritos. “A informação também nos surpreendeu. Não houve aviso prévio.”
A decisão surge dias depois de oLupa Newster publicado que o INECE está sob pressão para garantir exames íntegros, mas não possui mecanismos eficazes para travar vazamentos. Os escândalos repetem-se todos os anos: provas que circulam antes da hora, alterações de última hora, desorganização crónica. E, como sempre, nenhuma solução séria.
O país vive a mesma pergunta desde que o sistema começou a mostrar rachaduras:
Quem é responsável? A resposta oficial nunca chega. Ninguém sabe. Ninguém nunca sabe.
Enquanto isso, milhares de alunos permanecem sem rumo, sem prova e sem explicação. É mais um dia normal na educação moçambicana — onde a crise é permanente, e o improviso virou política pública.

