Vazamento de informações expõe esquema de roubo aos clientes no BIM e o banco entra em crise

 As recentes denúncias sobre um

esquema de roubo envolvendo contas de grandes depositantes do Banco Internacional de Moçambique (Millennium BIM) desencadearam uma crise reputacional que ultrapassou fronteiras, chegando ao principal acionista da instituição em Portugal, o Millennium BCP, que terá ordenado medidas de contenção urgentes.

A polémica começou na passada quarta-feira, após o Jornal Canal de Moçambique divulgar informações que apontavam para o possível envolvimento de funcionários ligados às áreas de segurança informática e operações bancárias. As autoridades terão efetuado algumas detenções, embora os detalhes sobre os números e identidades permaneçam sob reserva. O caso gerou forte reação entre clientes, sobretudo aqueles com elevadas somas depositadas.

Fontes internas do banco confirmaram ao jornal O Destaque que a repercussão do escândalo provocou um ambiente de tensão no interior do Millennium BIM. Grupos internos de gestão criaram comissões executivas de crise, encarregues de definir estratégias para travar danos reputacionais e controlar a disseminação de informação sensível.

“A crise estava a ser gerida de forma restrita e interna, mas ainda assim houve fuga de informação para a imprensa”, lamentou uma fonte citada pelo Destaque, admitindo que o vazamento acelerou a necessidade de resposta pública e transparente.

A gestão de comunicação do caso foi assumida pela JML, agência responsável pelos serviços de relações públicas do banco, que adotou uma postura considerada “altamente restrita”. A entidade procura agora equilibrar o processo de investigação interna com garantias de segurança e confiança aos clientes.

O escândalo surge num período particularmente delicado para o Millennium BIM, um dos bancos com maior peso no sistema financeiro moçambicano, responsável por quase um terço da cobertura bancária no país. Fontes indicam que cerca de 30 suspeitos podem estar envolvidos, embora a instituição ainda não tenha se pronunciado formalmente sobre números ou evolução do inquérito.

A situação permanece em acompanhamento próximo e continua a gerar apreensão entre clientes e investidores, enquanto se aguardam esclarecimentos oficiais e o desfecho das investigações em curso.

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